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quinta-feira, 29 de novembro de 2012

DÁ O PLAY: Rihanna - Unapologetic



                Depois de 6 anos na labuta, parece que 7 é o número da sorte de Rihanna. Unapologetic foi o único álbum da cantora que chegou a atingir o #1 nos EUA e, digam o que quiserem, foi merecido. Riri trabalha exaustivamente, sai da sua área de conforto, investe pesado em todos os projetos aos quais se relaciona e, nesse álbum, não foi diferente.
                Mesmo com o lançamento de um filme e o término da divulgação do seu último CD, ela arranjou tempo para gravar um álbum pessoal e comercial ao mesmo tempo, além de superar seu último sucesso We Found Love, com o carro-chefe Diamonds. Ainda considerada como a “mulher do ano” pela GQ e respeitada no meio da moda por seu estilo único e ousado, parece que o reinado da embaixadora de Barbados não deve sumir tão logo.
                Aqui, ela reuniu um time de produtores diferentes entre si, arriscando em vários ritmos e sendo bem-sucedida no que muitas cantoras tentam e falham: agradar fãs e crítica. A única coisa que decepciona no álbum: o ensaio fotográfico. Fora isso, é só esperar pelos próximos hits, recordes, turnê, clipes coreografados e o próximo álbum no ano que vem.
                Review de cada música aqui embaixo:



*Phresh Off The Runway: milagre!!! David Guetta produzindo algo que não é farofa. Talvez os créditos sejam do The Dream, mas fato é que a música parece uma mistura de hip hop com a produção eletrônica do Guetta, fugindo daquele óbvio de música que desacelera e explode no refrão. Dá até pra ver Riri fazendo passinho com a perna abrindo e fechando enquanto esfrega a mão ~~lá~~.

Diamonds: sim, já fiz review aqui. Mas só acho válido mostrar a performance que a Sia, compositora da música, fez ontem só com um piano e a voz absurda que ela tem. Assistam:



Numb: confesso que de cara não gostei da música, mas, com o tempo, a voz ~~preguiçosa~~ da Rihanna acompanhada dessa batida me conquistou. Infelizmente, o refrão é a parte mais enjoadinha da música e nem o verso do Eminem chega a ser tão bom assim, se levarmos em conta Love The Way You Lie. E não, ainda não superei essa música.

Pour It Up: aquela gangsta-badass-foda-se-você de G4L voltando aqui, pra esbanjar a riqueza e poder dela, mostrando que leva uma vida regada a champanhe, strippers e festas. Nada muito marcante, mas ainda assim clássica Riri.

Loveee Song (feat. Future): não conheço esse Future, mas gostei dele só pela voz que me lembrou de uma versão menos rouca, mas ainda boa do Gill Scott-Heron. Essa faz parte da cota de ~~músicas chapadas~~ do álbum e, incrivelmente, a participação parece que é da Rihanna e não do future.

*Jump: por favor, quero single. Com uns dos versos mais safados do álbum, uma batida repleta de dubstep (chegando a lembrar BASTANTE de Fucking Die do Skrillex) e uma atitude típica da badgalriri, é uma das minhas preferidas do álbum. Com o rap do cara desconhecido, a voz sexy dizendo "ride my pony" e a produção de Stargate, o único jeito de essa música ser melhor seria com um rap do Kanye West no lugar do X.
[UPDATE] Jump usa sample de Pony, uma música dos ano 90 de um tal de Ginuwine e que aparece nessa cena maravilhosa daqui de baixo:



Right Now (feat. David Guetta): era muito cedo pra dizer que o Guetta não fez farofa no álbum. Mas, sendo justo, essa música poderia ser um desastre total se lembrarmos de Who's That Chick e daquele robô que chamaram de Rihanna. Compreensível essa faixa comercial até a alma e sem grandes funções além de ser um hit pras pistas, a única decepção será se Riri apostar no sucesso certo e lançá-la como single, sendo que o álbum tem outras mais diferentes e menos genéricas que essa. Entretanto, admito que se ela começasse a tocar em qualquer lugar, eu começaria a dançar (assim como o resto das pessoas no recinto). Também confesso que se fosse pra escolher um DJ antigo que já tivesse colaborado com ela, teria escolhido, obviamente, o Calvin Harris, mas talvez seja ainda muito recente pra repetir fórmulas.

What Now: depois de ter twittado metade da música, já dava pra saber que essa é uma das mais pessoais do álbum. Uma balada com batida forte, me deixou na dúvida se uma versão menos acelerada não seria melhor. Ao mesmo tempo em que às vezes a impressão é de que, em algumas partes do início, havia muita letra pra pouco tempo de música, o hook que começa com "whatever it is..." até o final do refrão não deixam que isso interfira na qualidade da faixa. Na estrofe de "There's no one to call" a música parece que entra na forma que deveria ter e até os versos mais carregados emocionalmente do "I don't know how to feel" não ficam deslocados com os sintetizadores e as batidas mais dançantes.

*Stay: melhor balada da carreira da Rihanna, de longe e sem esforços. Depois da performance no SNL eu já sabia que a música seria uma das preferidas do álbum, mas não esperava que fosse gostar tanto da participação desse tal de Mikky Ekko (apesar de achar dispensável também). Não sei porquê, mas não me surpreendi quando vi que a produção era do Justin Parker, considerando que Rihanna é esperta e sabe muito bem escolher com quem trabalhar pra conseguir inovar dentro do seu som e ainda se manter pop (outras faixas que ele produziu: mais da metade do Born To Die, I Know You Care da Ellie e Laura do Bat For Lashes). Aposta:  Justin Parker também fará parte do novo álbum da Katy Perry, tô até vendo.



*Nobody's Business (feat. Chris Brown): ou nobody bunezz, já que, por razões desconhecidas, nenhum dos dois resolve pronunciar a palavra inteira. Mas voltando: não sei se é a sample de The Way You Make Me Feel, a vibe de anos 90 que a música passa, a audácia desses dois de fazerem um dueto de novo e ainda mais com essas declarações todas, mas a música me conquistou e eu sinto cheiro de performance memorável e polêmica + single vindo daí.

*Love Without Tragedy/Mother Mary: épicas, as duas partes. Fazendo referência a James Dean e Marilyn, Rihanna vem com essa balada que começa contando uma história de amor e depois entra em temas mais pessoais, como se fosse mesmo uma história que ela estivesse contando, primeiro de um casal (coff Chris Brown coff) e depois misturasse a sua própria trajetória (I'm from the left side of an island, never thought this many people would even know my name). Sim, é um lado pessoal que todos os fãs e fofoqueiros obcecados gostam de ver. Se fosse pra eu tirar uma música e apostar numa superprodução de videoclipe, seria essa.

Get It Over With: aqui parece que ela decidiu play it safe e chamou Brian Kennedy pra produzir mais uma balada com encheção de linguiça. Apesar de um pouco chata e monótona, o significado da música é até bonito e condiz com o ritmo. Como música avulsa, seria fraca, mas como o álbum supostamente "conta uma história e te leva numa viagem", você consegue entender o porquê de ela existir.

*No Love Allowed: pra quem achava que Man Down já era ~~reggae~~ o suficiente, Rihanna vestiu a toca da Jamaica, a camisa do Bob Marley, acendeu um cigarrinho e gravou No Love Allowed. Diferente de todas as outras do álbum, indico pra qualquer um que quiser “relaxar” e abrir/fechar perninha no ritmo (não, não façam isso). Também pode ser vista como uma complementar de Man Down, pra quem gosta de fazer esse tipo de análise.

*Lost In Paradise: interpretação ou não, essa música cabe perfeitamente no relacionamento de Riri com Chris Brown, ou pelo menos como ela deve se sentir nele. O dance break depois do refrão é um dos diferenciais em relação a What Now, que também tem essa coisa de ser mais agitada e ainda ter uma letra pesada. Imagino que uma performance ao vivo seria perfeita por conta dos vocais e, levando em conta que essa é a “última” música do álbum e portanto da “viagem” que você faz com ele, é quase que uma declaração de “não importa se é errado, mas vou continuar a fazer isso que eu tô fazendo”.

*Half Of Me: amo artistas que colocam bônus melhores que músicas da versão standard do álbum. Escrita sob medida para Riri, essa baladinha é uma das mais emocionantes do álbum e parece mesmo que a cantora sente cada frase que está cantando.

terça-feira, 13 de novembro de 2012

DÁ O PLAY: Christina Aguilera - Lotus



                Depois de uma temporada cheia de erros tanto na vida profissional quanto na pessoal, eis que Christina Aguilera, depois de muita publicidade conseguida através do The Voice, lança um novo álbum de inéditas. A proposta de Lotus é um renascimento da cantora, uma rejuvenescida necessária para que Christina conseguisse manter o posto como uma das maiores popstars da indústria e não só como uma jurada de reality show.
                Mas nem só de tristezas é feito o álbum. Apesar das já clássicas baladas, há músicas divertidas, despreocupadas, dançantes e ultrajantes de uma maneira boa. O conceito de “flor inquebrável” me parece um pouco forçado e tosco, mas a gente releva, até porque é difícil ver um álbum inteiro que seja consistente do início ao fim e gire em torno de um único conceito.
                É perceptível como Christina teve a preocupação de “se encaixar nos padrões” com esse álbum, baseado em todas as questões de produção, não só das músicas como das imagens. Ela finalmente se rendeu ao poder de Max Martin, convidou Melina Matsoukas para dirigir seu primeiro videoclipe, pintou o cabelo com mechas coloridas (sério, por que todas as cantoras pop resolveram fazer isso do nada?) e, naturalmente, convidou seus parceiros de The Voice para cantarem com ela (bem melhor que Nicki Minaj, né). E, sem querer especular muito, mas eu até senti uma vibe meio “Loud” com o encarte do CD e aquele rosa todo.
                Comparações e adaptações de lado, Lotus é um dos melhores, maiores e mais aguardados lançamentos de 2012. Se não conseguir um #1 com singles, pelo menos com o álbum Christina consegue, o que já é um avanço do último álbum pra cá. Aos poucos, ela consegue se reestabelecer no pódio ao qual pertence, basta se mexer um pouquinho mais e divulgar o trabalho. Uma turnê seria perfeita pra isso, principalmente se passasse pelo Brasil, hein?
                Review das músicas separadas aqui embaixo, com as preferidas marcadas:

              

Lotus: uma intro calma, exponencial, como se algo realmente fosse surgindo com a música. “This is the beggining” do álbum e de uma nova era de esperanças pra Christina.  Com um "I leave the past behind", ela esquece os flops do passado e os problemas pessoais para começar uma nova era.

*Army Of Me: a Fighter 2.0 da nova fase de Christina. Com uma batida forte e muita autoconfiança, dá até pra imaginar ela marchando enquanto canta essa música que, ao contrário de Cease Fire, é repleta de amargura e raiva. Aqui os gritos são benvindos e, quando ela resolve diminuir o tom no final e dar um toque mais sensível aos versos - a voz falhando em "now that I'm stronger, now that I'm wiser, now that I'm a fighter" -, a música se torna perfeita. Seria um single perfeito, considerando que hinos de superação como esse fazem sucesso desde sempre.

*Red Hot Kinda Love: divertida, dançante e safadinha sem forçar a barra. Xtina vai declarando seu amor e seus ~~desejos~~  acompanhada de sintetizadores, gemidos e uns barulhos que parecem buzinas de carros. Outra coisa boa são os la-lalala-lalala do refrão, que são viciantes e grudentos, assim como o “I like it, like it” (S&M much?) do final.

*Make The World Move (Feat. Cee Lo Green): a música tem completamente a cara do Cee Lo, muito mais do que da Chistina, apesar de a participação dele ser mínima. Cheia de mensagens otimistas (“turn up the love, turn down the hate” é repetido várias vezes) e um ritmo dançante, agitado e com uns toquinhos futuristas, a música daria um single diferente do que toca nas rádios hoje em dia e parece que vai ser o próximo mesmo. A estrofe de "just think about it, anybody could love somebody" é um dos pontos altos também. Outra coisa boa a respeito da música: já tem performance feita no The Voice! Player aqui embaixo:



*Your Body: todo mundo já ouviu e já tirou suas conclusões, mas acho engraçado ressaltar que essa foi a primeira vez que Christina trabalhou com Max Martin e, desculpas esfarrapadas de lado, é óbvio que ela escolheu o produtor escocês por ele colocar em #1 praticamente todas as músicas que compõe. A única coisa que me preocupava era o vídeo que ela faria pra música (o único defeito de Not Myself Tonight), mas, com a direção da Melina, saiu um vídeo colorido, divertido e sem nenhum defeito apontável ou preocupante. Se não fosse a preguiça de Christina em promover a música na TV e em qualquer outro lugar, ela teria conseguido o #1 que sumiu há tanto tempo de sua carreira.

*Let There Be Love: eu diria que, se Your Body não conseguiu chegar a #1, essa daqui é a última chance da Christina com uma música dance. Se, ainda assim não conseguir, só resta esperança nas baladas mesmo. Também feita por Shellback e Max Martin, com ajuda de Bonnie McKee na composição, a música é tão comercial que chega a parecer com alguma coisa feita por David Guetta, só que sem autotune, o que é perfeito, já que a última coisa que Christina precisava era anular sua voz com efeitos para parecer com todos os outros robôs da rádio. Uma bridge e um refrão grudentos, fáceis, com muito sintetizador e uma explosão de vocais que fazem qualquer um balançar o pezinho (no mínimo), Let There Be Love tem potencial pra ser o próximo hino gay pras pistas de dança.

Sing For Me: com o primeiro verso mais grudento do álbum, a única coisa que estraga essa música é a gritaria excessiva da segunda parte em diante. Se o tom mais baixo do início permanecesse até o final, a música seria impecável. Mas, ao mesmo tempo em que os berros incomodam, não faria sentido uma música sobre “se libertar através da música” sem Xtina dando o máximo de si. Mesmo com esses defeitinhos, Sing For Me ainda é boa, mas não uma das melhores do álbum.

*Blank Page: todo mundo já sabia que a parceria Sia e Christina dava certo, inclusive as duas. Uma das ótimas escolhas que a cantora fez na época do Bionic e resolveu manter foi o trabalho em conjunto com a produtora australiana e essa balada não deixa nada a desejar em relação às outras que elas fizeram juntas. Sustentada pelos vocais poderosos (que aqui não soam exagerados) e um piano emocionante, a música tem tudo pra render uma performance comovente. É interessante também ver como Blank Page seria um pedido de desculpas para You Lost Me, mas isso vai da interpretação de cada um (até alguém confirmar isso, pelo menos).

Cease Fire: bandeira branca levantada, a música é emocionante e bem produzida - depois desse CD, acho que Christina, Alex Da Kid e Sia deviam fazer um casamento triplo para o bem da carreira dela. Com uma voz que transmite perfeitamente o que ela está cantando, o único problema é a alternação entre a fragilidade do refrão e a agressividade das outras partes, que deixou tudo um pouco confuso. Questão de interpretação ou não, parece que a lutadora de Army Of Me não quer mais brigar e só quer “cessar fogo”.

Around The World: animada e perfeita pra dança, com letras mais assanhadas e uma batida que, ao mesmo tempo em que parece genérica, é nova para Christina e orbita ao redor da sua potência vocal. Duas coisas para prestar atenção aqui: Christina citando Brasil - sim, é algo ínfimo e ela cita vários outros lugares, mas já teve fã surtando por conta disso - e a volta dos versos 'Voulez-vous coucher avec moi ce soir'' de Lady Mermalade. Com uma vibe mais urbana do que dance, é boa, mas não se compara a Let There Be Love no quesito “hit para pista de dança”.

*Circles: pra descrever em uma palavra: épica. Não daria uma ótima performance, nem um single rentável, mas a letra ousada é perfeita com o ritmo divertido e despreocupado da música. Cheia de palavrões, é quase um funk da MC Beyonce direcionado aos haters. Com a entonação sexy e atrevida de “spin, spin, spin around”, o "motherfucker" final  – que chega a lembrar de Vanity, do Bionic -, os gritinhos e todas as gargalhadas, essa é uma das preferidas e uma das faixas-bônus que fazem valer a pena a compra de uma versão deluxe.

Best Of Me: uma balada que começa frágil e no fundo do poço e dá a volta por cima enquanto a música vai se desenvolvendo. Aqui também há um exagero nos vocais que quase arruinaram a música, mas não é nada comparado a Sing For Me, então a música salva. Em quesito de relacionamentos, essa pode ser definida como a faixa que consegue capturar melhor a vibe toda do Lotus e essa coisa de rebirth blablabla. De qualquer maneira, não chega a ser uma das que mais chama a atenção no CD.

*Just A Fool (Feat. Blake Shelton): ainda não decidi se é melhor que Make The World Move, mas não é fácil escolher entre uma balada country forte como essa e uma música feita pra “animar”; ainda assim, é incrível como a voz de Christina "casa" muito bem com a de todos os jurados do The Voice. Apesar de Blake não conseguir chegar ao mesmo nível, ele também não deixa a desejar. Quando as vozes dos dois se juntam e se alteram em seguida, é impossível não sentir o que os dois estão cantando. Assim como Kelly Clarkson, Xtina é uma cantora pop que se sairia bem numa carreia country - privilégio de quem canta bem.

*Light Up The Sky: uma palavra: hino. Vocais usados na medida certa, produção excelente e letra comovente. Uma das músicas de amor mais bonitas que eu já ouvi, não só da Christina como de outros artistas.

Empty Words: mais uma balada de superação, mas não necessariamente sobre relacionamentos. Chega a me lembrar de Best Of Me, só que um pouco mais fraca.

Shut Up: no mesmo clima de Circles, Shut Up é divertida e com um tom de black music. Dá até pra imaginar uma performance com um coro no fundo, uns dançarinos em volta da Christina e ela fazendo caras e bocas enquanto canta. Mais uma pra coleção das que saíram da manga do Alex Da Kid e que são ótimas, além de perfeita para terminar o álbum.