Esse
mês as GQ’s resolveram caprichar e brincaram legal com o coração (e outras
partes) dos homens. Algumas edições da revista estamparam uma musa (ou mais,
como no caso da versão brasileira) de acelerar o batimento cardíaco de qualquer
cristão que se interesse por isso. E tem
pra todos os gostos, desde angel da Victoria’s Secret até novinha-bombshell e
bond girl. Se liga aí embaixo:
Começando
pela nossa versão da GQ, temos um trio todo saidinho e brincalhão só de
lingerie numa guerrinha de travesseiros. Ildi Silva, Bruna Linzmeyer (que, pasmem, só tem 19 anos) e Emanuelle
Araújo têm feito sucesso como as meninas do bordel de Ilheus no remake de
Gabriela, além de protagonizarem cenas calientes na minissérie. Obviamente, a
GQ aproveitou o hype e fez esse ensaio meio fetichista com as garotas. E até
parece que alguém reclama, né?
Na
edição britânica vem a nova bond girl,
Bérénice Marlohe toda sexy e de lingerie também. Berê é a capa de agosto da
revista, mas do mesmo jeito que a Vogue, parece que o pessoal da GQ britânica curte
dar uma antecipada nas capas e já liberou a do mês que vem com a linda da
Claire Danes.
(esq.: Claire Danes por Simon Emmett; dir.: Bérénice Marlohe por Dylan Jones)
Já a
galera da pizza parece que se inspirou na galera do hambúrguer e também colocou
os gêmeos da Kate Upton na capa. As fotos são um pouquinho menos ~~ousadas~~
que as da versão do Tio Sam, mas como é da Kate que a gente tá falando, não
teria como elas serem ruins. A Itália tá de parabéns!
Por último, a GQ alemã escolheu
Rosie Huntington Whiteley, angel da VS e a linda que substituiu Megan Fox na
franquia Transformers, fazendo topless num clique de Terry Richardson para o
calendário Pirelli de 2010. No recheio da revista tem um especial sobre todas
as musas do calendário Pirelli, ou seja, muito mais topless e mulheres bonitas
disponíveis pros marmanjos.
Falando em Pirelli...
Rosie no calendário Pirelli de 2010
O calendário desse ano parece que
já foi fotografado e a locação foi bem aqui no Rio de Janeiro, em lugares bem
inusitados, tipo a Central do Brasil, o morro do Cantagalo e o morro de Santa
Teresa. Além disso, a versão desse ano tá prometendo ser lendária (não que as
outras não sejam). O fotógrafo responsável pelas fotos é Steve McCurry,
fotojornalista pra lá de premiado (você conhece pelo menos essa foto dele) e
que nunca trabalhou com editoriais de moda antes. Como se não bastasse, tem
novidade no casting também: além de Adriana Lima ter posado com o barrigão de
grávida de oito meses (e não menos sexy por isso), todas as “modelos” foram
escolhidas por terem algum tipo de envolvimento com ONG’s e já se sabe que duas
delas são Marisa Monte e Sônia Braga. Sim, pasmem de novo. Assim que saírem as
fotos, eu posto aqui, mas enquanto isso é só esperar. *chora*
Sempre
que anunciam campanha nova da Sergio K. já fico esperando duas coisas: homem
gostoso e polêmica. E foi isso que aconteceu com a nova campanha de verão 2013
da marca, estrelada por Tony Ward.
outtake do ensaio
Depois
de ter explodido nos anos 90 por causa do namoro com Madonna (sou + Jesus) e a
participação em vídeos da cantora (Justify
My Love e Erotica são os mais
legais por motivos óbvios), Tony expandiu seus horizontes e além de ser modelo,
o cara hoje em dia trabalha também como fotógrafo, designer e ator pornô.
Brinks, ele foi ator pornô no passado, mas hoje é só ator normal mesmo.
A
polêmica dessa campanha ficou por conta de uma foto um pouquinho ~~ousada~~:
Tony Ward aparece “crucificado” com silver tape e vestido com uma camisa que
diz “Little Monster”, além de a foto ter sido feita por Terry Richardson, amigo
íntimo e colaborador de Gaga. Conclusão: se a foto chegar até Madonna, o circo
entre Madge e Gaga ainda vai pegar fogo por mais tempo.
Na
verdade, não acho que vá dar em nada essa foto, mas foi uma jogada de marketing
inteligente. Abaixo, veja uma galeria com antigas campanhas da Sergio K., que
usou modelos como Sean O’Pry, Jon Kortajarena, Jonatas Faro e até Amanda
LePore, a transformista amiguinha de David LaChapelle.
Jonatas Faro:
Colin Egglesfield:
David Gandy:
Marlon Teixeira:
Jon Kortajarena:
Sean O'Pry:
Os gêmeos Marcos e Marcio Patriota, com Amanda LePore e Carmen Dell'Orefice, a modelo mais velha que ainda tá ~~na ativa~~ (e linda, por sinal):
Eu já comentei por aqui que
tinha adorado o segundo single da Cheryl Cole, Under The Sun, mas isso foi
antes de o vídeo sair. Agora que a música tem coreografia, direção do Anthony Mandler
e esse estilo sessentista eu tô mais apaixonado do que antes.
No
clipe, Cheryl aparece toda espevitada e cheia de libido, fumando o cigarro
alheio (pecado capital!), subindo no capô dos carros, incomodando a paz sentindo
prazer com o sol e seduzindo militares com o canudinho do milk-shake (muito
Kellis isso, mas a gente perdoa). Tudo
isso me lembrou um pouquinho de Candyman da Xtina, mas Katy Perry também já
usou essa época de inspiração pra Think of You, então não é crédito de ninguém
mesmo.
A única
coisa meio off no vídeo é quando o sol ~~vai embora~~ e começam uns flashes num
galpão e Cheryl fica se dividindo entre vários homens enquanto eles a amarram com umas cordas fetichistas (?). Também não
capturei a ideia da sequência, mas pelo menos serviu pra mostrar mais o corpão
dela no clipe que, diga-se de passagem, chegou até a me lembrar a Laetiitia
Casta pela ~~voluptuosidade~~.
Bem, o
vídeo tá aqui pra você assistir e entrar na vibe relax da música. A
parada melhora 80% depois da cena do galpão, que é quando começa a coreografia
e os militares. Comenta aí o que você achou do decote e da saia coladinha da
Cheryl.
Hit and Miss é uma das
primeiras séries originais do canal pago Sky Atlantic e é um daqueles especiais
de só uma temporada, com 6 episódios. Já transmitida por completo em seu país
de origem (Inglaterra), a série está sendo exibida este mês nos Estados Unidos,
o que significa que agora que as pessoas começaram a prestar atenção de verdade.
(Mia retoca a make depois de matar um qualquer)
O
roteiro é um pouco complicado: Chloe Sevigny interpreta Mia, um transexual
(antes da operação, o que significa que ela ainda tem pênis), que trabalha como
assassina de aluguel (não, ela não é a vilã) e acabou de descobrir que é “pai”
de um filho que ela nem sabia que teve com a ex e única namorada da vida. O
problema é que além do filho que teve com Mia, a mulher deixou outras três
crias sozinhas no mundo quando morreu e, obviamente, Mia se sente responsável
por todo mundo. A partir daí, ela começa uma cruzada pra poder ser aceita na
família e cuidar de todo mundo, enquanto tenta continuar com seu trabalhinho em
dia e pagar o leite das crianças. De início, parece uma mistura de Dexter com
Transamerica e algum drama familiar qualquer, mas a parada fica mais pesada que
isso. Acho que não convém contar a história do início ao fim, pra quem for
assistir mais tarde não ficar desanimado. Ao invés disso, acho melhor explicar
o que me chamou a atenção na série e os pontos mais relevantes (óbvio que vai
ter spoiler), daí vocês decidem se querem mesmo assistir ou não. Lá vai:
Além do roteiro peculiar, a série também se aprofunda na psique do transexual e
nessa questão da aceitação, tanto por parte dele próprio como por parte dos
outros. Uma das cenas mais chocantes é quando Mia começa a dar socos no próprio pênis em frente ao espelho enquanto tenta se afirmar como mulher. Complexo que,
mais tarde, descobrimos que foi criado pela família dela, quando ao visitar a
mãe, Mia é espancada pelo irmão que a obriga a repetir para si mesma: “Sou um
menino de verdade” (óbvio que esse não é o único motivo, mas ela parece se
sentir bastante afetada com o que a família dela diz ou pensa). Um diálogo em
que fica explícito essa afirmação como mulher é quando o peguete dela descobre
que ela não é mulher “por completo” e começa a gritar que não é gay e não gosta
de homens, daí ela fica revoltadíssima e grita de volta que ela não é homem e
expulsa o boy de casa.
Mia (no centro) e o elenco infanto-juvenil
Na
questão de elenco e personagens há prós e contras fortíssimos. Um pró é o
elenco mirim (e os personagens): são as crianças mais fofas que eu vejo desde
que comecei a ver Mad Men. Tanto na questão de storyline quanto em atuação,
Penny e Ryan roubam a cena quando aparecem na tela. Destaque pra cena em que
Ryan, o único da família que é filho de sangue da Mia, quer ser igual ao “pai”
e aparece na cozinha de salto alto, maquiagem e vestido. A cena toda é linda,
mais pelo jeito com que as pessoas reagem e com que Mia explica as coisas pra
ele do que por qualquer outro motivo.
Mia espanca o proprietário da fazenda
Pra
compensar a explosão de amor do elenco mirim, existe o núcleo adolescente da
série, composto por Riley e Levi (não vou colocar nome de atores porque esse é
o primeiro trabalho ‘importante’ deles e não vai fazer diferença mesmo). Levi
não faz muita coisa na série, exceto imitar a irmã e xingar Mia de todos os
nomes possíveis. Uma história que poderia ter se desenvolvido mais na série era
o trabalho dele com o chefe da Mia, que poderia gerar um conflito dentro da
casa e, como sempre, sobrar pra Mia. Mas também não estou reclamando porque o
personagem é chato e, pra seis episódios, já teve história demais. Histórias que, por sinal, teriam diminuído
bastante se não existisse a anta da Riley. Resumidamente, ela é uma desaforada
que xinga, expulsa e maltrata a Mia até depois de esta ter se livrado do corpo
que a ingrata matou. Pois é, além de Riley ser revoltada ela também é burra: a
menina mantém um relacionamento auto-destrutivo e emocionalmente masoquista com
o dono da propriedade que mora (uma pessoa “muito simpática” que só sabe bater
em todas as mulheres do elenco). Quando este descobre que ela está grávida,
tenta estrangular a garota que dá um tiro na cabeça dele e depois deixa Mia
cuidar do corpo. Esse é só um dos motivos que me fazem odiar a Riley. Mas não
se preocupe, ao longo da minissérie existem vários outros; ela é daqueles
personagens que são tão irritantes que te fazem querer entrar na tela e dar uma
sacudida na pessoa até ela cair em si.
Por
último, a personagem principal, Mia. Chloe Sevigny consegue interpretar muito
bem um transexual (indo contra tudo o que eu esperava dela); tá que às vezes
ela esquece de fazer a voz masculina e tá que ela não chega ao nível da Felicty
Huffman, mas ela convence. De qualquer maneira, não consigo vê-la interpretando
um personagem medíocre, e isso é uma das coisas que Mia não é. Acostumada com
uma vida solitária, ela é frágil e vulnerável, o que contrasta com a sua
atitude em relação aos assassinatos que comete; sua amplitude social fica
explícita quando ela pega o celular e só tem três números na agenda: o
boyfriend, o chefe e o telefone da nova casa. A carência de Mia é tão grande
que ela aceita a nova família e assume todos os problemas deles, fazendo papel
de pai e mãe ao mesmo tempo (melhor que muita gente aí, diga-se de passagem). Mas
Mia nem está na pior, já que ela consegue mudar a cabeça do namorado e fazer
que ele aceite-a mesmo sem ainda estar operada, repensando o conceito de
“mulher” que o cara tinha. Uma cena aleatória da personagem que também mostra a
coisa da psique que eu já citei acima é quando ela olha o guarda-roupa da
ex-namorada e coloca um vestido vermelho que pertencia à defunta, pra depois
sair à caça no bar da cidade.
No
quesito problemas, a série tem uns pequenos furos de roteiro (ou falta dele)
que me incomodaram. Como quando Mia incentiva a violência nas crianças – acho que
isso poderia ter se desenvolvido um pouco mais. E uma coisa que ficou meio
dispensável no final foi a esposa do cara que Riley mata – percebemos que ela
também apanha dele, e que ela tem depressão pós-parto, mas nada chega a ser
muito bem explicado. Não posso julgar muito porque, como disse, entendo esses
cortes numa minissérie de seis episódios, mas acho que ainda seria interessante
ter se aprofundado um pouco mais nessas histórias.
Enfim,
colocando tudo aí de cima na balança e adicionando a trilha sonora e o estilo
impecável de Chloe durante os episódios (principalmente o último), a minissérie
vale a pena ser vista. Aqui abaixo tem um trailer dessa bagunça toda pra você
que ainda não decidiu se vale a pena ou não assistir. Dá o play e me diz o que
achou.