quarta-feira, 4 de julho de 2012

DÁ O PLAY: Maroon 5 - Overexposed



               O Maroon 5 não poderia ter escolhido um título melhor pra esse álbum do que Overexposed. Desde o lançamento do seu primeiro álbum, Songs About Jane, as pessoas não prestavam tanta atenção assim no grupo. E isso tudo graças à participação do Adam Levine no The Voice e ao aumento da audiência do programa. Dessa vez, eles quase acertam o tom, mas ainda não chegam ao nível do disco de estreia (talvez seja pela nostalgia que eu tenho com aquelas músicas do início dos anos 2000, puramente subjetivo).
                Overexposed tem tudo o que você acha que um álbum do Maroon 5 teria, e isso não é um elogio. Parece que eles pegaram um monte de demos antigas e regravaram para esse disco, ao invés de aproveitaram essa exposição toda e inovarem um pouco.  Por isso, a tarefa de escutar o disco inteiro de uma vez é pedante, porque parece que você está escutando a mesma música de novo e de novo (salvo algumas exceções). Sem dizer mais, tem uma review track by track aqui embaixo, com comentários sobre todas as músicas. Pra salvar aqueles que não são fãs da banda e que não tiveram saco de ouvir o CD inteiro, tá sublinhado as músicas que, por alguma razão, me chamaram a atenção (isso não quer dizer que todas as sublinhadas sejam boas).  Se você não concorda com alguma coisa, ou acha que eu deixei passar algo, é só ir até os comentários e deixar o seu.



- One More NIght:  produzida por Shallback, que fez a maioria das músicas boas do álbum (e é responsável por algumas das melhores de outros nomes como Pink, Adam Lambert, Britney Spears e Ke$ha), One More Night é uma música divertida e simpática, tem um uh-uhzinho animado no início, um ritmo legalzinho (que é a cara do Max Martin) e tudo o que deixa essa música uma escolha certa pra ser single. Na verdade, a música é bem melhor que Payphone, então a única coisa que ela precisa pra chegar até o #1 é a divulgação certa. A produção de Shellback quase nunca falha, né galere.

- Payphone: ainda não entendi porque essa música fez tanto sucesso, sendo que não tem nada de mais. Talvez seja essa onda de fazer featuring com rapper, talvez seja a exposição que o Adam Levine trouxe pro Maroon 5 depois do The Voice ou talvez seja porque qualquer música que o Max Martin produz já sai com uma vantagem sobre a concorrência (seriously, esse cara tem mais hits do que eu consigo contar e você imaginar). Eu tenho que admitir, a música é legalzinha, mas não tem NADA de marcante. Tá que o refrão fica na sua cabeça por uns dois dias depois que você ouve a música pela primeira vez, e a vozinha do Adam Levine combina perfeitamente com ela, mas tem muita música pop que merecia mais esse #1 (Prima Donna, alguém?). Enfim, só me resta lamentar. O único efeito que esse hit todo teve foi o preço do ingresso pro show da banda aumentar e esgotar em 3 dias de venda (sim, ainda tô inconformado).

- Daylight: a milésima baladinha de coração partido porque alguém vai ter que abandonar a namoradinha pra trás. É bem fraquinha, mas O legal é o Adam Levine tentando fazer voz grossa no início da música. 1 fato estranho: na última estrofe (nessa fica mais evidente, mas eu tive essa impressão durante a música inteira) parece que o Max Martin perdeu a criatividade e resolveu fazer qualquer coisa só pra acabar com o serviço, porque a produção da música tá lembrando até demais alguma música da Ke$ha.
-Lucky Strike: escrita e produzida por Ryan Tedder, a música é boa, mas não é extraordinária; e eu prefiro Marlboro de qualquer maneira (ÓBVIO que eu não ia perder a piadinha). Voltando... Aqui eles falam mais uma vez sobre o corpo maravilhoso de uma mulher, e como ela é foda, e como ela deixa todo mundo louco e bla e bla e bla... Preferiria essa música na voz do Adam Lambert e ele trocando os 'her' por 'him', mas fazer o quê, né?

- The Man Who Never Lied: posso falar, de novo, que parece com outra porrada de músicas da banda? Vou até dar um desconto pra essa daqui, porque o refrão me agradou bastante, e as rimas de let it go-oh-oh e need to know-oh-oh também, mas só. Se considerarmos que é uma balada do Maroon 5, poderia até ter sido mais simpático com ela, mas perto de "Sad" ela perde completamente a função no álbum.

- Love Somebody: mais uma produzida por Ryan Tedder, com uma pegada meio David Guetta sem os agitos do refrão (lembra Titanium um pouco). Enquanto Adam diz que quer muito amar alguém e dançar a noite adentro, a música "explode" e você vê que é uma daquelas baladas feitas pra dançar, o que é bom, já que essa é a especialidade do Ryan e o ~~casamento~~ com a voz do Adam deu certo.

- Ladykiller: backing vocals também fazendo vozinha fina, que legal! Essa música é tipo a versão do 
Maroon 5 pra 'Renata' do Latino, só que com menos dor de cutuvelo. Coincidência o Cee-lo Green, companheiro do Adam de bancada do The Voice, ter um álbum com o mesmo nome? Sei lá, teoria da conspiração s.o.s. a música não é muito marcante, mas poderia até dar um single legalzinho por causa do ar de paranoia que ela tem.

- Fortune Teller: legalzinha, mas não passa disso também. Tem até uns ares de dubstep, uma letra diferente do resto do álbum, uns versos e rimas legais, mas depois de tanto 'oh-oh-oh' chega uma hora que você não aguenta mais. Outra coisa boa a respeito dessa música é a voz do Adam Levine meio sussurrada no início.

- Sad: uma das melhores, se não a melhor. Adam e um piano, com o cara soltando a voz e não gritinhos agudos. Mesmo que a letra possa ser um pouco parecida com as outras, é só nessa música que você consegue sentir sinceridade na voz dele. É a melhor balada feita pela banda, e me doi o coração de dizer isso, porque eu sou um fã confesso do Songs About Jane e das baladinhas de 2000 e pouco que tinha nele.

- Tickets: a música tenta, tenta e tenta, até que consegue ser legal. O get-get-get you off, o coro de lalala, e até a voz distorcida (coisa que eu normalmente odeio) fizeram a música divertida e conseguiram tirá-la da porção de "iguais" que o álbum tem. Das animadas, é uma das melhores.

- Doin' Dirt: a música mais gay do CD, o que é MUITO legal. Começa com uma coisinha de disco dance no início e depois eu achei que tinha um featuring com a Britney, mas era só o Adam Levine sensualizando com um gritinho. Alguém, por favor, entra em contato com a produção da banda e diz pra eles fazerem da música um single e lançar um vídeo com o Adam de camisa de botão metalizada, fazendo passinho na pista no estilozinho de Dirty Dancing, porque é essa a imagem que eu tive da música. Nessa música dá pra entender porque Adam Levine foi eleito o cara mais sexy do ano.

- Beautiful Goodbye: o que mata nas letras do Maroon 5 (e em boa parte das melodias) é que são todas praticamente iguais. Chatinha e sem graça, não tem nada de mais. Parece encheção de linguiça do álbum.

- Wipe Your Tears: mais uma (surpresa!) daquelas que parece que você já ouviu antes. Essa é um pouco melhorzinha que Beautiful Goodbye, mas também sem graça e não chega a ser boa também não.

- Wasted Years: música com cara de verão, toda divertida e bem lightzinha. Tem até uns saxofones legaizinhos, um balancinho tranquilo e não parece com o resto do disco. E isso é porque usa uma sample de The Rill Thing do Little Richard, o que explica a pegada meio funk (o de verdade, sem ser o carioca) e meio soul. Mas não podemos tirar o crédito do Maroon 5, a mistura ficou boa.

- Kiss: Adam Levine fazendo cover de Prince é meio que uma tentativa forçada demais pra passar por símbolo sexual (ou seria uma indireta pra ele finalmente sair do armário?). O pior é que a versão da banda ficou até divertida, apesar da voz do Adam não combinar muito com o tom do Prince (pois é, as duas são fininhas, mas parece que o sr. Levine fingiu ser másculo nessa música). O único problema é que a música demora demais pra acabar só pra dar uma chance de o resto da banda aparecer mais.

6 comentários:

  1. Eu também só gosto do Maroon 5 do Songs About Jane e pelo mesmo motivo: tem algo de nostálgico ali.
    Depois não consegui acompanhar a banda e achei todos os trabalhos reciclados e genéricos. Daquele tipo feito pra ir pra Billboard e, ah, sem o mesmo 'charme' do primeiro cd e sem identidade.
    Mas, como assim, eles regravaram Kiss?!

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  2. sim, exatamente o que eu disse: chega uma hora no disco que você não aguenta mais a mesma produção, as mesmas rimas e os mesmos vocais.
    pois é, gravaram. rs não ficou ruim como eu esperei que ficasse, mas bom também não ficou, né.

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  3. Acho o álbum super fraco, genérico, meio que sem identidade... x.x Só umas quatro salvam, pra mim, que são One More Night, Sad, Doin' Dirt e Wipe Your Eyes, acredito que acabam se destacando JUSTAMENTE por saíram da ~mesmisse~. Adorei a review, by the way. (:

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  4. das quatro que você citou eu só não gostei muito de Wipe Your Eyes, as outras 3 eu achei exatamente isso: as mais diferentes, por isso as melhores. :)
    e brigado :D

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  5. wasted hours, no caso é Wasted Years?

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  6. pronto, amg, corrigi.
    e years e hours é tudo tempo, whatever...

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