Eis que
minhas expectativas não poderiam ser maiores quando ouvi que a Sophia Bush
tinha entrado pro elenco de uma comédia nova e que, de quebra, a série ainda
contava com o meu long time crush Michael Urie. E essas expectativas só foram
aumentando quando, sem saber mais nada sobre a série, comecei a assistir ao
piloto e vi que se tratava de uma série onde metade dos personagens principais
era gay e o foco era a relação de um deles com o melhor amigo heterossexual. O
problema é que, depois desses cinco minutos iniciais, tomei um banho de água
fria da série.
First
things first. Partners é focada em Louis (Michael Urie) e Joe (David Kurmholtz),
dois amigos desde crianças e que hoje, anos depois, trabalham juntos como
arquitetos. A série gira em torno da relação entre os dois e da relação deles
com seus respectivos parceiros, contando com Sophia Bush como Ali, a namorada
de Joe, e Wyatt, namorado de Louis, sendo interpretado por Brandon Routh. A
história não é lá das mais originais, mas em matéria de sitcom não é isso que
importa. Basta ver Modern Family, mais uma série de tema familiar, mas que já
está na quarta temporada e continua funcionando bem.
Repleta
de piadas prontas e sem originalidade, Partners insiste em estereótipos chatos e ainda conta com um péssimo desempenho por
grande parte do elenco principal (e o resto todo do secundário). Por sinal,
esse foi um dos grandes motivos de eu ter me decepcionado tanto: esperava mais
da Sophia Bush. Aqui, parece que ela interpreta uma versão menos engraçada e
carismática da Brooke Davis (personagem que deixou ela famosa e cativou 99,9999999999%
das pessoas que viam One Tree Hill), sem conseguir nem executar as piadas de
forma engraçada – o que não é culpa só da atriz, já que a maioria das piadas é
genuinamente sem graça mesmo.
Em
contrapartida, Michael Urie quase consegue salvar a série. Apesar de ter o
mesmo problema que Sophia quanto a “lembrar personagens antigos” – no caso
dele, o Marc de Ugly Betty -, Michael é único que te faz rir de verdade na
série e até as piadas dele são melhores, apesar de ainda existirem aquelas que
você fica esperando se desenvolverem, mas não dão em nada. O engraçado é que,
quando eu vi o primeiro episódio, achei o Michael muito mais contido e menos
espalhafatoso do que quando ele fazia o Marc, mas no segundo e terceiro
episódios parece que a química entre o elenco melhorou, ele se soltou mais e voltou
a receber o santo fashionista de antes. De qualquer forma, isso não chega a
incomodar tanto quanto os outros defeitos do resto do elenco, como o timing
errado da Sophia.
Num
balanço geral, Partners foi uma tentativa falha dos criadores de Will &
Grace quanto a fazer um material similar e igualmente bom à extinta sitcom que
criou uma legião de fãs na época em que era transmitida. Eu continuarei
assistindo só pela Sophia e pelo Michael porque é o que me cabe fazer na
condição de fã. Na falta de algo melhor pra assistir, eu até recomendo que você
baixe um ou outro episódio pra passar o tempo, mas, pelo menos por enquanto,
não recomendo que acompanhe. Se algo mudar futuramente, eu aviso.
Numa
nota final: na década de 90 existia uma série, com o mesmo nome e do mesmo
diretor, que dizem ter uma história parecidíssima com a Partners de hoje, só
que era melhor. Não consegui capturar mais nada sobre o fato, mas acho que vocês
deviam saber da “originalidade” por trás disso tudo.
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