Desde
que o lançamento de seu novo álbum tinha sido adiado por soar “rock demais”
para a gravadora, ninguém sabia muito bem o que esperar dessa nova fase da
Ke$ha. A expectativa só foi aumentando quando ela disse que provaria que sabe
cantar e que faria participações com Iggy Pop e Flaming Lips.
Apesar
do susto inicial, está claro qual o papel da cantora na indústria. Não importa
as parcerias de rock, a intenção de mostrar a voz ou a vontade de reinventar a
música pop: Ke$ha serve para te fazer dançar, seja com guitarras ou com
sintetizadores e autotune. Não que seja algo ruim, mas numa época em que
praticamente qualquer artista pop consegue emplacar um hit na parada dance, é
melhor que ela ache outro caminho antes que seja tarde demais.
Warrior
estreou em 6º lugar na última parada da Billboard. Considerando que estamos
praticamente às vésperas do Natal, o feito pode até ser encarado como uma
surpresa positiva para a cantora. Infelizmente
ou não, isso só prova que ainda falta muito pra que Ke$ha seja considerada uma
artista grande o suficiente a ponto de reinventar algo dentro do mundo pop. Ela pode até ter
a atitude e a boa-vontade de se tornar um ícone, mas, por enquanto, ainda falta
muita coisa pra chegar lá, inclusive uma melhora nas performances ~~ao vivo~~.
Warrior: levando em consideração a última faixa-título, Warrior
é bem melhor que Animal. Há aquele gancho ~~excitante~~ antes do refrão, uma
espécie de rap e até um dance break. Tudo isso disfarçado por trás de uma letra
que remete a uma espécie de hino dos desajustados, bem no estilo de We R Who We
R. O melhor é a diferença de um verso pro outro como "fight for the vodca/
stand for true love".
Die Young: aqui.
C'mon: não entendi a escolha como segundo single. Tá que o
time de compositores/produtores é pesado (Bonnie McKee, Dr. Luke, Max Martin e
Benny Blanco), mas é só mais uma genérica de festa, que parece uma b-side não
gravada pro primeiro álbum, sem nenhum diferencial.
*Thinking Of You: anunciada como a nova Kiss'n Tell, é uma
versão melhor da primeira, com versos mais implicantes e uma batida mais
interessante. Cumpre o papel de "break up song" do álbum e fazer
dançar ao mesmo tempo.
*Crazy Kids: muito mais do que um simples hino para os
~~loucos~~ com uma produção dançante. Começa com um assovio desafinado e
pretensioso, mas que cai muito bem com o violãozinho e que, em seguida, dá
lugar à Kesha rapper no maior estilo Sleazy, com uma batida mais dançante. Tinha
tudo pra sair bagunçada e confusa, mas tudo flui muito bem e faz dessa uma das
melhores do álbum.
Wherever You Are: se Kesha tivesse sido lançada pela Disney,
esse seria seu primeiro single. Bem melosa e água com açúcar, que se não fosse
pela batida (mesmo assim fraca), não pareceria algo feito pela cantora.
*Dirty Love (feat. Iggy Pop): ainda não entendi como ela
conseguiu essas parcerias, mas fico feliz que tenha conseguido. Animada, com
pegada de pop rock, versos “sujos” e uma Kesha que faz voz rouca, tem tudo pra
ser hit. A pergunta que fica é: quem tem o amor mais sujo?
*Wonderland: bad com pianinho e tudo. Com vocais suaves,
Ke$ha conta sua história e a vontade de voltar ao passado, onde não tinha nada
a perder e apenas um sonho a conquistar. Apesar de quase falhar no refrão, a
faixa serve pra dar um descanso das outras todas de dança. Ah sim, Patrick
Carney, dos Black Keys, também contribui aqui.
*Only Wanna Dance
With You (Feat. The Strokes): outra parceria inusitada, mas que caiu
muito bem. Com uma pegada totalmente indie e ainda assim pop e dançante, uma
guitarrinha pegajosa e a voz mais natural, é uma das que mais chama atenção no
álbum.
*Supernatural: apesar de o início lembrar Animal, é bem mais
agitada que a outra, com tantos sintetizadores que chega a ter um zumbido
irritante de fundo. O gancho antes do refrão, com os mesmos versos meio lentos
da primeira parte, ao invés de desacelerar o ritmo, faz a música ir crescendo
aos poucos. O que não podia faltar é um break de dubstep, já que até a Taylor
Swift tá fazendo ultimamente, Ke$ha não ia ficar de fora, né?
All That Matters (Beautiful Life): versos idiotas, com o
auge no refrão e uma batida genérica.
Love Into The
Light: I'm sorry but I'm not sorry
definiria a música inteira. Admitindo seus erros (“I'm not perfect, I've got issues, I know I've got a sordid past” e
por aí vai), pode até parecer que é uma música depressiva, mas é só sobre
abandonar a negatividade da vida e focar nas coisas boas. Se não fosse pelo
refrão bobinho e só pela produção + primeira parte, seria boa.
Last Goodbye: mais sentimental do que as outras,
apaixonadinha e com uma letra meio "melancólica" e nostálgica para os
padrões da Kesha. Talvez uma versão mais low beat, como Wonderland, seria
melhor.
Gold Trans Am: imagine Hollabck
Girl com umas guitarras aleatórias do nível easy de Guitar Hero. A mistura
sai nessa música, que parece a trilha perfeita praqueles filmes de adolescentes
que resolvem fazer uma road trip cheios de diversão num conversível.
Out Alive: mais uma de festa, com um batida legal mas que
lembra Calvin Harris mais do que devia.
*Past Lives: umas das preferidas? Não sabia que ela tinha a
capacidade de fazer uma baladinha tão fofinha e meiga, com a voz doce e
sentimental enquanto descreve um amor transcende o tempo. Desde o violão
singelo até os versos apaixonados, é tudo só amor aqui, incluindo a parceria
com Flaming Lips.
a ke$ha é perfeita mano... todas as musicas do Warrior sao tops...
ResponderExcluirnao entendii vc. pq as vzs vc falava bem... mas as vzs falava mal da keSha... mais fika uma dika.... "KESHA É FODA" e por isso eu gosto dele ... e ele nao imitou nenhuma musica de niguem...
vlw