quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

DÁ O PLAY: Ke$ha - Warrior




                Desde que o lançamento de seu novo álbum tinha sido adiado por soar “rock demais” para a gravadora, ninguém sabia muito bem o que esperar dessa nova fase da Ke$ha. A expectativa só foi aumentando quando ela disse que provaria que sabe cantar e que faria participações com Iggy Pop e Flaming Lips.
                Apesar do susto inicial, está claro qual o papel da cantora na indústria. Não importa as parcerias de rock, a intenção de mostrar a voz ou a vontade de reinventar a música pop: Ke$ha serve para te fazer dançar, seja com guitarras ou com sintetizadores e autotune. Não que seja algo ruim, mas numa época em que praticamente qualquer artista pop consegue emplacar um hit na parada dance, é melhor que ela ache outro caminho antes que seja tarde demais.
                Warrior estreou em 6º lugar na última parada da Billboard. Considerando que estamos praticamente às vésperas do Natal, o feito pode até ser encarado como uma surpresa positiva para a cantora.  Infelizmente ou não, isso só prova que ainda falta muito pra que Ke$ha seja considerada uma artista grande o suficiente a ponto de reinventar algo dentro do mundo pop. Ela pode até ter a atitude e a boa-vontade de se tornar um ícone, mas, por enquanto, ainda falta muita coisa pra chegar lá, inclusive uma melhora nas performances ~~ao vivo~~.  




Warrior: levando em consideração a última faixa-título, Warrior é bem melhor que Animal. Há aquele gancho ~~excitante~~ antes do refrão, uma espécie de rap e até um dance break. Tudo isso disfarçado por trás de uma letra que remete a uma espécie de hino dos desajustados, bem no estilo de We R Who We R. O melhor é a diferença de um verso pro outro como "fight for the vodca/ stand for true love".

Die Young: aqui.

C'mon: não entendi a escolha como segundo single. Tá que o time de compositores/produtores é pesado (Bonnie McKee, Dr. Luke, Max Martin e Benny Blanco), mas é só mais uma genérica de festa, que parece uma b-side não gravada pro primeiro álbum, sem nenhum diferencial.



*Thinking Of You: anunciada como a nova Kiss'n Tell, é uma versão melhor da primeira, com versos mais implicantes e uma batida mais interessante. Cumpre o papel de "break up song" do álbum e fazer dançar ao mesmo tempo.

*Crazy Kids: muito mais do que um simples hino para os ~~loucos~~ com uma produção dançante. Começa com um assovio desafinado e pretensioso, mas que cai muito bem com o violãozinho e que, em seguida, dá lugar à Kesha rapper no maior estilo Sleazy, com uma batida mais dançante. Tinha tudo pra sair bagunçada e confusa, mas tudo flui muito bem e faz dessa uma das melhores do álbum.

Wherever You Are: se Kesha tivesse sido lançada pela Disney, esse seria seu primeiro single. Bem melosa e água com açúcar, que se não fosse pela batida (mesmo assim fraca), não pareceria algo feito pela cantora.

*Dirty Love (feat. Iggy Pop): ainda não entendi como ela conseguiu essas parcerias, mas fico feliz que tenha conseguido. Animada, com pegada de pop rock, versos “sujos” e uma Kesha que faz voz rouca, tem tudo pra ser hit. A pergunta que fica é: quem tem o amor mais sujo?



*Wonderland: bad com pianinho e tudo. Com vocais suaves, Ke$ha conta sua história e a vontade de voltar ao passado, onde não tinha nada a perder e apenas um sonho a conquistar. Apesar de quase falhar no refrão, a faixa serve pra dar um descanso das outras todas de dança. Ah sim, Patrick Carney, dos Black Keys, também contribui aqui.

*Only Wanna Dance With You (Feat. The Strokes): outra parceria inusitada, mas que caiu muito bem. Com uma pegada totalmente indie e ainda assim pop e dançante, uma guitarrinha pegajosa e a voz mais natural, é uma das que mais chama atenção no álbum.



*Supernatural: apesar de o início lembrar Animal, é bem mais agitada que a outra, com tantos sintetizadores que chega a ter um zumbido irritante de fundo. O gancho antes do refrão, com os mesmos versos meio lentos da primeira parte, ao invés de desacelerar o ritmo, faz a música ir crescendo aos poucos. O que não podia faltar é um break de dubstep, já que até a Taylor Swift tá fazendo ultimamente, Ke$ha não ia ficar de fora, né?

All That Matters (Beautiful Life): versos idiotas, com o auge no refrão e uma batida genérica.

Love Into The Light: I'm sorry but I'm not sorry definiria a música inteira. Admitindo seus erros (“I'm not perfect, I've got issues, I know I've got a sordid past” e por aí vai), pode até parecer que é uma música depressiva, mas é só sobre abandonar a negatividade da vida e focar nas coisas boas. Se não fosse pelo refrão bobinho e só pela produção + primeira parte, seria boa.

Last Goodbye: mais sentimental do que as outras, apaixonadinha e com uma letra meio "melancólica" e nostálgica para os padrões da Kesha. Talvez uma versão mais low beat, como Wonderland, seria melhor.

Gold Trans Am: imagine Hollabck Girl com umas guitarras aleatórias do nível easy de Guitar Hero. A mistura sai nessa música, que parece a trilha perfeita praqueles filmes de adolescentes que resolvem fazer uma road trip cheios de diversão num conversível.

Out Alive: mais uma de festa, com um batida legal mas que lembra Calvin Harris mais do que devia.

*Past Lives: umas das preferidas? Não sabia que ela tinha a capacidade de fazer uma baladinha tão fofinha e meiga, com a voz doce e sentimental enquanto descreve um amor transcende o tempo. Desde o violão singelo até os versos apaixonados, é tudo só amor aqui, incluindo a parceria com Flaming Lips.

1 comentários:

  1. a ke$ha é perfeita mano... todas as musicas do Warrior sao tops...

    nao entendii vc. pq as vzs vc falava bem... mas as vzs falava mal da keSha... mais fika uma dika.... "KESHA É FODA" e por isso eu gosto dele ... e ele nao imitou nenhuma musica de niguem...

    vlw

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