quinta-feira, 9 de agosto de 2012

CONTROLE REMOTO: The Newsroom – os episódios 4, 5 e 6 mostram o alcance do poder de Leona



                Na última review, eu fechei o post questionando o que seria feito do News Night depois das exigências de Leona. Pois bem, chegou a hora de fazer um balanço do que acontece nos três episódios que se seguem a essas demandas.

Will x Nina
                Jane Fonda, infelizmente, não aparece de novo fazendo carão. Mas nem por isso a gente deixa de sentir a presença de Leona: ela prometeu e cumpriu. Já que Charlie e Will resolveram fazer o que bem entendem do Newsnight, ela vem toda armada como se fosse uma força invisível, atacando o âncora com dezenas de histórias inventadas e tiradas fora de contexto, transformando o cara numa figura desmoralizada publicamente, para depois poder tirá-lo do ar. Apesar de ter o rosto estampado diariamente nos tabloides e page six da vida, Will só resolve se render quando o alvo sai das costas dele e vai parar nas de Mac. Pelo menos, essa era a ideia. Ao se encontrar com a editora do tabloide, Nina Howard, para combinar os termos da extorsão à qual ele cederia para ela parar de publicar as histórias, Nina começa a ~~cantar de galo~~ pra cima dele e se fode lindamente. Ao se considerar tão jornalista quanto Will, a coitada entrou numa briga que ela não gostaria de ter entrado; depois de tomar um esporro colossal de McAvoy, ele deixa a história bem clara: nada de ceder a chantagem nenhuma e, se a fofoqueira ousasse voltar a perseguir ele ou alguém do seu staff, ela estaria destruída. Fim da história pra Nina. Pelo menos a gente tira uma lição disso, pessoinhas: contexto é a palavra-chave pra qualquer história de tabloide ou quote que vocês ouvirem por aí. Moving on.

               Uma coisa boa saiu dessa caça às bruxas contra o Will: Mackenzie tá na pista de novo. Depois de descobrir que seu peguete só queria usá-la pra ganhar publicidade na sua campanha eleitoral, a jornalista o dispensa dignamente e volta à pixta pra negócio. Apesar de nenhum avanço prático ter sido feito entre ela e Will, a gente já sabe que os dois devem ficar juntos pelo menos até o fim dessa temporada (eu espero que antes, mas como eles não deram nem um beijinho até agora, há chances de que demore mais do que o normal). Depois da cena em que Will admite ter comprado um suposto anel de noivado só pra impressionar Mac e ela por sua vez se derrete inteira com a possibilidade de que ele estava disposto a casar com ela quando eles namoravam, é só questão de tempo mesmo.


                Assim como é só uma questão de tempo pra Mag e Jim ficarem juntos. A história dos dois anda mais empacada do que a de Mac e Will. Depois de Don ter arrumado um encontro entre a roommate de Mag, Lisa, e Jim, Mag dá um dos surtos estranhos que ela dá e morre de ciúmes. Essa lenga-lenga fica até que o próprio Don começa a desconfiar que ela esteja sentindo algo pelo colega que talvez nem ela mesma saiba (ou tenha escolhido não saber por ser conveniente, porque faz favor, né, impossível uma pessoa sentir esse nível de ciúmes da outra e nem desconfiar). Isso é a única coisa nova no campo dos dois, que continuam com essa brincadeira de gato e rato os três episódios inteiros, enquanto a coitada da Lisa fica preocupada em ser fútil demais pro Jim só porque ela trabalha com moda. Querida, you’re not alone.

                Fora os romances e as chantagens, a série tá entrando naquele estágio onde a gente começa a conhecer melhor os personagens secundários. No 5º episódio conhecemos um pouco mais da história de Neal e, óbvio, aprendemos a gostar mais ainda do nerdzinho que acredita em alienígenas e no pé grande. No 6º, é a vez de a história se aprofundar um pouco mais em Sloan que, além de bonita e inteligente, se mostra uma destrambelhada também. A coitada quase perde o emprego depois de cometer uma série de erros no ar, tudo por causa de um conselho dado por Will que foi mal interpretado. Dessa confusão também surge algo positivo: a primeira vez que o Don se mostra uma pessoa tolerável. Quando Charlie vem todo emputecido pra cima de Sloan por causa da burrice que ela fez no ar, Don chega cheio de solidariedade e ombro amigo pra ela, pra variar um pouco. No final, tudo dá certo e os danos colaterais são contidos, Sloan continua na equipe e o jornal segue pra frente.

                 Em outras observações aleatórias e necessárias sobre esses episódios: aquela coisa de “vamos todos amar os EUA porque é um país ótimo e blablabla” tá diminuindo (ou pelo menos eles não estão fazendo isso de uma forma tão explícita como antes), pra felicidade geral; a segunda “participação especial” da série também é puro amor, com o querido Terry Crews (sim, o pai do Chris) interpretando o segurança engraçadinho do Will; falando em Will, também contam um pouco da infância dele, e descobrimos que o cara teve um pai alcoólatra e violento quando pequeno, o que provavelmente contribuiu pra esse senso de justiça que ele tanto procura; e, por fim, mais uma cena pra você amar a Mackenzie (se ainda não ama): ela como grande parte da população do mundo não entende nada de economia e precisa de algumas aulinhas com Sloan pra algum programa que ela vai participar. Parece besteira, mas é bom saber que eu não estou sozinho nessa ignorância.

               O 6º episódio termina com a polêmica de uma ameaça de morte que o Will recebe através de um comentário no site, que tinha até o endereço do apartamento dele e tudo. Pois bem, eu sinto cheiro de perfume importado de Leona nisso, algum tipo de estratégia pra ele sair do ar, não sei. Posso estar enganado, mas o único jeito de saber é continuar assistindo. ESTAMOS DE OLHO.

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