Você
provavelmente já ouviu músicas produzidas por eles ou inspiradas neles, alguma
participação, algum remix oficial de um artista que você goste, mas nunca ouviu
o trabalho pessoal deles. Aqui eu escolhi cinco DJ’s/produtores que têm músicas
próprias bacanas e um som melhor ainda, mas são pouco conhecidos. Dá o play.
- Diplo: esse é
um dos meus preferidos. O som de Diplo,
de acordo com o próprio, sofre grande influência do funk carioca, vide Bucky
Done Gun da M.I.A., que é quase um proibidão (por sinal, ele é responsável pela
produção de várias músicas da cantora, com quem ele já foi casado num passado
não muito distante). O cara veio ao Brasil ano passado e fez uma reportagem especial
e super legal pra Vanity Fair, onde ele explora o lado cultural dos brasileiros
e diz (como vários antes dele) se apaixonar pela mescla de sons que existem no
país, além de se confessar um fã de Techno brega. Thomas (nome de verdade
dele), até chegou a tocar na Fosfobox e comentou que o Rio é o epicentro
cultural do Brasil. *palmas* Como se não fosse razão suficiente pra amá-lo, é
de autoria dele um dos maiores hits do ano passado, Girls (Run The World) da
Beyoncé (e Exageraldo do MC Naldo por tabela). A sample usada na faixa vem da
música Pon De Floor, do projeto
paralelo que ele comanda, Major Laser. Beyoncé ouviu a música – que começou
como uma brincadeira – e logo de cara se apaixonou pelo ritmo e trabalhou em
cima dele. Daí pra frente todo mundo já sabe o que aconteceu. A parceria deu
tão certo que ele chegou a produzir outra faixa do 4, End Of Time, que quem conhece, ama. Além de DJ, produtor e
comandante do Major Lazer (que começou como uma parceria com Switch, mas acabou
ficando nas mãos de Diplo), o americano lançou esse ano mais um EP pessoal, o Express Yourself. Pra divulgar o
primeiro single de mesmo nome do EP, Diplo lançou uma brinks pelo twitter onde
as pessoas fazem a ~~pose~~ do vídeo (pra entender melhor, favor assistir ao
vídeo aqui embaixo) e mandam uma foto pra ele com a hashtag #ExpressYourself.
Já teve gente do mundo inteiro, tanto homem quanto mulher, participando disso e
eu, obviamente, achei a ideia genial e quase mandei uma foto também. Se
você ficou curioso, aqui embaixo tem uma música do Express Yourself (Barely
Standing, com participações da Sabi e de Datsik), um remix oficial de Circus da Britney e uma que ele produziu
(Beat Of My Drum, da Nicola Roberts) pra
você ouvir e entender do que eu tô falando, fora a recomendação implícita das
que eu já citei aqui em cima.
Express Yourself
Barely Standing
Circus
Beat of My Drum
-Skrillex: vou
ser bem sincero e já avisar que Skrillex ou você ama ou você odeia, não tem
meio-termo. A especialização do cara é o dubstep, aqueles sons que você tem que
saber mexer muito bem pra não criar uma dor de cabeça em quem tá ouvindo. As
músicas dele são bem-humoradas (ouça Kill
Everybody aqui embaixo pra entender melhor), extremamente dançantes e
diferentes da música eletrônica convencional graças ao dubstep. Não sou muito
fã dos primeiros EP’s dele, porque eles me parecem meio barulhentos demais - mesmo
que algumas músicas sejam ótimas.A questão é que depois que você ouve Bangarang, o EP que ele lançou no ano
passado, você fica mal acostumado e espera que o trabalho todo do cara tenha
esse nível de qualidade. As músicas são bem diferentes entre si, mas sem fugir
da estética pela qual ele ficou conhecido, indo desde um “remix” do The Doors
até uma parceria com Ellie Goulding (namorada do sortudo). Sem dúvida, esse EP
é a obra-prima do DJ até agora, com o dubstep usado na medida certa, além de
faixas que começam despretensiosas e depois passam a ter uma batida alucinante
(The Devil’s Den é um dos exemplos).
Pra você ouvir, tem Summit (a
parceria com Ellie), Breakin’ a Sweat
(o remix do The Doors, com trechos de Light
My Fire) e Do Da Oliphant, uma
das que eu mais gosto do EP My Name Is
Skrillex, de 2010.
Summit
Breakin A Sweat
Do Da Oliphant
-Avicii: #6 na
lista de DJ’s da DJ Magazine, o sueco Avicii atingiu o topo das paradas europeias
no ano passado com o single Levels,
que usa uma sample de Something’s Got A
Hold On Me da Etta James – a mesma usada para Good Feeling do Flo Rida, que lembra um pouco demais Levels. Sendo bem sincero (de novo), não
acho o som do Avicii muito marcante como o do Skrillex ou o do Diplo; as
músicas chegam até a me lembrar de uma versão mais “calma” do Calvin Harris,
mas ainda assim dançante- talvez pela influência do Daft Punk e do Fatboy Slim.
De qualquer forma, marcante ou não, as músicas são boas e dão um sentimento “bom”
que eu não sei explicar. O sucesso dele foi tão grande, que o último single, Silhouettes – que eu acho melhor que o Levels – ganhou um remix especial e foi
usado na propaganda de jeans da Ralph Lauren. Segue abaixo esse remix, o single
Levels e um remix que ele fez de Girl Gone Wild da Madonna.
Silhouettes
Levels
Girl Gone Wild
- Calvin Harris:
outro dos meus queridinhos, que eu sou apaixonado desde quando um amigo me
apresentou o Ready For The Weekend em
2010. Apesar de já ser um nome conhecido no espaço musical europeu há um tempo,
Calvin explodiu nas rádios e no gosto popular depois do sucesso que ele ganhou
com a produção de We Found Love da Rihanna (há pouco tempo ele comentou que a
música tinha sido descartada por duas popstars antes de a Riri aceitar, agora
cê vê, né). E você que acha que foi a primeira vez que ele trabalhou com algum
nome do mainstream, tá enganado, porque também é dele a produção de In My Arms, da Kylie Minogue (confesso
que não sabia e fiquei chocado quando descobri). Hoje, é quase impossível você
ligar o rádio e não escutar uma música dele, seja Feel So Close (que também é usada na propaganda da Samsung SMART TV),
Call My Name da Cheryl Cole, ou Where Have You Been, o novo hit da
Rihanna que eu não sei por que ainda não chegou ao #1 da Billboard, mas estamos
observando. Dele, eu separei um remix oficial de Spectrum da Florence and The Machine (que ganhou até um vídeo
remixado junto, sinta o amor), o novo single pessoal, We’ll Be Coming Back, que a qualquer momento deve explodir nas
pistas de dança também e ganhou vídeo hoje, e uma do CD que eu citei aí em cima, Stars Come Out.
Spectrum
We'll Be Coming Back
Stars Come Out
- David Guetta: por
último, a farofa da música eletrônica. Não que eu não goste das músicas dele,
muito pelo contrário. Mas me incomoda, e muito, essa gente que coloca o Guetta
num pedestal e acha que ele é a nata dos DJ’s. Como disse o Deadmau5 (DJ de
verdade) em uma entrevista à Rolling Stone: “David Guetta tem dois iPods e um
mixer e ele só toca faixas – tipo, ‘aqui tem uma com o Akon, olha só!’ [...]
Ainda há pessoas que só apertam botões ganhando meio milhão. Não que eu não
aperte botões. Mas eu aperto muito mais [do que os outros]”. Isso meio que
esclarece a parte que me desagrada no Guetta. Agora, não sou idiota de não
admitir que ele é um dos grandes motivos de a música eletrônica ter ganhado
tanto espaço assim no cenário musical, mesmo com as controvérsias. Apesar de a maioria das músicas serem
parecidas, não são de todo ruim; talvez um fator que me ajude a não gostar
delas, seja o fato de que todos os singles se transformam naqueles sucessos que
você não consegue mais ouvir porque sempre tem alguém escutando o dia inteiro
em algum lugar. De qualquer maneira, é bom quando ele pega um artista
“desconhecido” e consegue fazer um super hit, como aconteceu com a Sai e o Kid
Cudi. Pra quem ainda não ouviu, tem She
Wolf (Falling To Pieces), o novo single dele com a Sai pro relançamento do Nothing But The Beat (ainda não decidi
se melhor que Titanium ou não, mas é, no mínimo, tão bom quanto) e Revolver, que é uma das minhas
preferidas.
She Wolf (Falling To Pieces)
Se você ainda achou pouco e quer
conhecer mais DJ’s/produtores, tem o ótimo Deadmau5 – que já tocou no VMA e brigou
com a Madonna por causa da polêmica da apologia às drogas; Jamie XX, da banda
The XX e produtor da versão original de Take Care que foi regravada pelo
Dranke; Afrojack, namorado da Paris Hilton e responsável pela nova ~~empreitada~~
da socialite na música, além de Tiesto, Steve Aoki e Kaskade.
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